Após passar uma excelente noite no Hotel Colon Inn, perder o horário de levantar e tomar um café da manhã- “desayuno” que durou aproximadamente duas horas , partimos de Puno rumo a Arequipa. Antes de pegarmos a estrada, fomos conhecer o Lago Titicaca, onde “sacamos”
algumas fotos, pois a visita às ilhas flutuantes e as Totaras, demanda
um tempo de aproximadamente oito horas, entre ida e volta. Saímos com o
céu ensolarado e radiante, nos convidando para um belo dia de estradas
pelos Altiplanos Peruanos. Eiiiitá momento bom, é só alegria (Mas que
durou pouco, depois veio a tempestade).
Na
saída de Puno fomos surpreendidos por uma blitz da policia peruana com
grande efetivo de policiais, que nos solicitaram a toda documentação,
inclusive o SOAT, a qual não possuíamos. O policial informou de imediato
seria de S$ 462,00 (soles). Dizendo o policial:” – mira,
nosotros no estamos a cá para criar problema, somos amigos. Usteds
podem hacer una donacion de S$ 200,00 (soles), por la moto, tudo se
resolve.” Bem estabelecida a conexão iniciamos a negociação, que
resultou em S$ 100,00 (soles) de “doação”, pelas duas motos. Vale
ressaltar que essa atitude foi contra nossos princípios e que nos
sujeitamos a tal, pelo fato dos policias estarem em grande número e
fortemente armados, pois visivelmente não estavam ali para multar, mas
sim para “propinita”.
Tal situação nos deixou em estado reflexão pois desde que adentramos em
território peruano em nenhum momento fomos orientados em fazer o seguro
ou nos foi exigido na imigração peruana, a qual conferiu toda a
documentação e nos liberaram a ingressar em solo peruano. Assim em
nossas divagações concluímos que tal documento deveria ser orientado,
solicitado ou notificado a fazer o seguro na cidade mais próxima.
De Puno a Arequipa são 337
Km, mas que segundo informações a viagem dura em média 6 horas, não
sabíamos o motivo. A carretera S3 passa por paisagens deslumbrantes
dentre tantas podemos destacar o “Alto da Lagunillas” a 4.413 metros
acima do nível do mar.
Importante
deixar registrado a necessidade de encher o tanque da moto em “Imata”
vez que é o último ponto de abastecimento antes de Arequipa, cuja
distância é aproximadamente 160 Km. Observe na foto abaixo que não
trata-se de um posto de gasolina tradicional, mas sim uma bodega de
combustível, (venda de petróleo). Caso esteja desatento poderá passar
despercebido. Outro registro importante, é que ao passamos por Imata, às
15h00 ainda havia blocos de gelo acumulado ao pé da parede da bodega.
ATACADO POR UM CÃO.
Fato impressionante e inusitado aconteceu com o Estélio, com a moto em
pleno movimento. Explico: após passarmos um posto de pedágio, com a moto
em velocidade baixa, um cão que estava próximo da guarita partiu para
cima da moto dele, que estava, logicamente, com a Sônia na garupa. O
Cão mordeu-lhe as canelas sem tomar conhecimento que se tratava de um
veículo em movimento e com cano de escamento super quente. Resultado da
mordida: canela mordida, calça
furada, parada para higienização e curativo. Mas não se preocupem, como
o Estélio está vacinado, com certeza irá sobre para o cão. Vejamos a
foto do momento do curativo:
A IMPORTÂNCIA DOS ITENS DE SEGURANÇA.
Após observarem a foto, vai aí um alerta, nunca desprezem os itens de
segurança de pilotagem de moto. Vejam o Estélio está sem a calça de
“CORDURA”, que é um dos itens de segurança para esse tipo de viagem.
Quando lhe perguntei por que não estava usando a calça de cordura
naquele momento, pois estava usando em outros, ele respondeu não gostava de usá-la. Bem,
lamentavelmente, ele aprendeu na “pele” a importância de um dos itens
de segurança. Assim como o Cláudio, que também já passou por situações
semelhantes, aprendeu a importância do uso dos itens de segurança para
pilotagem de moto.
Depois
da mordida do cão, enfrentamos outra situação adversa. Observe ao fundo
da foto abaixo, e verá uma grande montanha. Embora o tempo estive bom
no local em que paramos para ver a mordida do cão, alguns quilômetros à
frente entramos na zona de neblina. Como não havia sinais de chuva,
acreditamos que não choveria. Ledo engano, choveu e muito.
Sofremos
por pura negligência. Por “pensarmos” que não choveria, não colocamos
roupa de chuva. Quando começou a chover, a estrada, que já estava sob
neblina, não ofereceu condições para pararmos e colocarmos nossas roupas
de chuva. Tivemos que tocar a viagem, restando mais de 100 km, com
vento frio, chuva e neblina. Mas era muito frio e muita neblina. Era
tanta neblina que não conseguíamos enxergar nada à nossa frente e nem o
que se passava ao lado. A
neblina era tanta, que seguimos atrás de um caminhão durante todo o
resto da viagem, pois era a única imagem que tínhamos à nossa frente.
Enfim, chegamos em Ariquipa à noite com fome, frio e molhados até à alma. Mas após a hospedagem num hotel de primeira categoria, tudo ficou bem e confortável.
Para encerrar a noite após mordida de cachorro, chuva, frio e neblina, saboreamos um jantar digno de “Guerreiros Andinos”.
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